O site UOL divulgou nesta quinta-feira (11), uma reportagem sobre o evento “Suzano Pela Paz”, realizado pela Prefeitura de Suzano no Parque Max Feffer no próximo dia 13 de abril e que marca o primeiro mês do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, quando cinco estudantes e duas funcionárias foram mortas.
A celebração provocou indignação em mães e pais de alunos da instituição.
O ato vai contar com apresentações de artistas, além de áreas destinadas às crianças, exposições e gastronomia. A programação musical terá as apresentações dos cantores Ana Vilela, Padre Antônio Maria, Paulo César Baruk e da Família Lima.
O site UOL teve acesso a um grupo de WhatsApp formado por mais de cem pais e mães de alunos da escola, onde a Prefeitura de Suzano foi duramente criticada pelo evento.
Ao site, três mães confirmaram a insatisfação com a prefeitura.
A aposentada Sandra Ramos, mãe de um dos alunos que ficou ferido no ataque à escola, disse que não foi consultada nem convidada pela prefeitura e criticou a celebração. “[O evento] É ridículo, não tem cabimento e lógica”, diz. Seu filho precisa fazer fisioterapia em função da lesão sofrida. Ela afirma que sua família não comparecerá ao ato.
“É absurdo, uma falta de respeito. Não estão pensando nos pais e nos alunos que estão traumatizados”, comenta a recepcionista Tatiane Souza, mãe de uma aluna do terceiro ano do Ensino Médio. No dia do massacre, sua filha foi abrigada pela merendeira na cozinha da escola. Depois do ataque, a adolescente de 17 anos foi diagnosticada com síndrome do pânico e não consegue voltar às aulas. “Fui com ela duas vezes à porta da escola. Ela chega lá, começa a passar mal e não tem condição de entrar”, diz Tatiane. Para ela, ao invés de organizar a celebração, a prefeitura deveria ajudar a reforçar a segurança da escola.
Uma mãe que prefere não se identificar considera o evento de mau gosto e também cobra uma ação da prefeitura para melhorar a segurança no entorno da Raul Brasil. “Tem famílias chorando. A prefeitura vai comemorar a tragédia da escola?”, questiona.
(Com informações do site UOL/Wellington Ramalhoso)