As farmácias da região do Alto Tietê sentem os reflexos da preocupação com o coronavírus, doença que já matou mais de 200 pessoas na China. Os estoques de máscaras cirúrgicas estão esgotados e, em um dos estabelecimentos, clientes chineses fizeram a encomenda de diversas caixas do produto para enviar ao país onde a epidemia começou. A procura por álcool em gel e por suplementos vitamínicos também cresceu.
São Paulo monitora sete possíveis casos da doença. Em Mogi das Cruzes, uma suspeita foi notificada. A paciente é uma jovem de 22 anos, moradora da cidade, que chegou de Wuhan, na China, no último dia 26 de janeiro.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso das máscaras no Brasil é desnecessário. O o mais indicado é que a população reforce os cuidados com a higiene.
“No atual momento não é necessário usar máscara em São Paulo, porque a gente não tem aqui casos comprovados no país. Então não tem necessidade,” afirma Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também não colocou o uso de máscara entre suas recomendações à população em geral, apenas para funcionários de portos, aeroportos e fronteiras que fazem abordagem de pessoas e inspecionam bagagens acompanhadas.
Estoques vazios
Em uma farmácia do Centro de Mogi, a procura surpreendeu na última semana e as prateleiras de máscaras e álcool em gel estão vazias. O gerente afirma que cerca de 40 caixas com 10 máscaras foram vendidas em poucas horas.
A presença de clientes atrás de produtos específicos foi notada em outras farmácias da cidade, como relata o funcionário de um estabelecimento na região central.
O estoque de máscaras da loja também acabou e o álcool em gel está nas últimas unidades. Como a procura é grande entre as distribuidoras, ele não sabe quando haverá reposição.
(com informações do site G1 – o site de notícias da Globo/Yasmin Castro e Gladys Peixoto / Imagem: Gladys Peixoto)