No início desta semana, o empresário e coordenador da União Democrática de Suzano, Jorginho Romanos, visitou as obras do Hospital Saint Nicholas, antigo Campos Salles, juntamente com um dos proprietários da unidade, o médico Marcelo Godofredo.
As obras estão quase concluídas e a previsão de abertura para o novo hospital particular é para o final deste ano.
De acordo com o médico Marcelo Godofredo, serão cinco pavimentos e a unidade contará com um total de 115 leitos, incluindo oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil e 12 adultos, além de centro cirúrgico, central de material e recepção.
“Estamos terminando essa obra com uma certa dificuldade, principalmente na questão financeira. Esta iniciativa é um projeto apenas da nossa família e não contamos hoje com apoio de convênios ou investidores”, revelou o médico.
“Se a gente for pensar em UTI infantil, por exemplo, Suzano ainda não tem esse recurso em nenhuma unidade. Se tivéssemos um apoio da administração municipal, com mais R$ 2 ou R$ 3 milhões, já teríamos nosso hospital aberto para atendimento e funcionando adequadamente durante essa pandemia”, explicou.
Para o empresário Jorginho Romanos, faltou visão da Prefeitura de Suzano.
“Se a administração municipal tivesse firmado em março, no início da pandemia, uma parceria com o grupo Saint Nicholas e investido em um equipamento local, que ficará para o resto da vida na cidade, esse hospital, como bem disse o médico Marcelo Godofredo, já estaria pronto, com UTIs e leitos de retaguarda para receber pacientes com coronavírus. Foram gastos cerca de R$ 12 milhões em recursos apenas pensando em covid-19. Temos hoje uma unidade de campanha ineficiente, instalada no ginásio, além de leitos que foram contratadas de um hospital de Franco da Rocha, cidade que fica cerca de 90 quilômetros longe de Suzano”, comentou Jorginho. “Se tivéssemos investido nesse hospital, que é de extrema necessidade para a população, teríamos estruturado e entregue um equipamento bem melhor, que ficaria na cidade para atender a população durante e após a pandemia,” ressaltou.
Pandemia
Caso a pandemia persista, após este período, deverão ser investidos mais recursos para manter a estrutura contratada.
E também, após o controle da covid-19, os equipamentos provisórios serão desmontados e os contratos de locação das divisórias, equipamentos e da mão de obra serão encerrados e junto a isto restará um gasto extraordinário de recursos aplicados pelo poder público.
“Um simples contrato de Parceria Público Privada, (PPP), poderia ter sido realizado com empresários da cidade e teríamos, além de uma economia significativa, mais velocidade de reação e qualidade de equipamentos e no atendimento hospitalar. E claro, uma economia substancial de recursos públicos que poderiam ser aplicados, por exemplo, em outras da demandas da área, como equipamentos e medicamentos para a Santa Casa de Suzano”, observou Jorginho. “Os números indicam uma economia de aproximadamente R$ 7,5 milhões”, reforçou.
Resposta da Prefeitura de Suzano
De acordo com a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, da Prefeitura de Suzano, o investimento de dinheiro público em obras privadas é proibido pela Constituição Federal.
Vale ressaltar, que o hospital em questão se encontra em obras e quando o mesmo estiver em funcionamento poderá firmar possíveis parcerias com o Poder Executivo Municipal para a disponibilidade de serviços à população.





